Se entrego assim de graça minhas metáforas para que possam lê-las de diversas maneiras, lembrem-se de que há uma intenção. Não tentem entrar em minha mente para saciar sua vontade de por que. Confesso que nem mesmo eu consigo entrar em minha mente. A pensar sobre isso cheguei a conclusão de que por estar inscrito nela sou impedido impede de a ler com imparcialidade; mas o trabalho é igualmente impossível um sujeito não inscrito nessa psicoesfera. Talvez minha intenção seja projetar no mundo um meta-eu que possa inspirar outras mentes a algo mais produtivo. Colo uma palavra na outra sem muito propósito até formar um conjunto razoavelmente crível de apelidar de texto. Não pensem que estou vagando no vazio ao tratar de um assunto que não possui claro interesse para específico público. Como disse, talvez o meu nada represente a voz seca de mudo indivíduo, que por força do destino, deparou-se com esta caixa de palavras amarradas.
Caso me indaguem, como é de costume, qual o sentido de tudo isso, certamente, minha resposta será malemolenta risada. Como os anjos, me privo no direito de ser bom, mau ou neutro; Não julguem que minha razão está completamente distorcida neste ponto, pois engana-se aquele que empossa neutralidade de estado imparcial. Ser sujeito apático me parece no ponto em que minha vida está uma postura no mínimo sensata. Não afirmo que sou movido de protossentimentos, mas ratificarei qualquer um que pressupor que minha percepção está alterada. Haverão algunsque aqui sentirão pena, talvez até chegarão a cogitar que o autor sofre de uma pobreza de espírito, decadência moral e até revolta descabida. A estes poucos minhas lastimas nem um pouco sinceras.
Por fim, a última colocação que tenho a fazer nesta hodierna noite trata do aspecto nada literário que estes parágrafos contêm. Se ao fim acreditam que a voz que vos fala é certamente do autor que crêem, pela lógica, ser, estão todos enganados. Quem aqui se manifesta é uma malha de vozes. Infinitos autores empíricos. Intermináveis processos de morte-vida e vice-versa traduzidos, aqui, em claro português. Eis mais um textos para famintos olhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário