domingo, 9 de maio de 2010
A breve história de Roda.
Rodou no mundo e eu aqui fiquei. Rodou na vida inteira e a saia lá ficou. Tanto tempo de trampo. Tanto tempo pra tentar. Vida nova pra ostentar. Sempre certa e segura roda a vida a sua roda carregando os lás e cás. Sem saber se horário ou não, rodou a roda querendo rodear. Subiu ladeira, morro e montanha. Pulou de lá do alto. Rodou no ar. Rodou-rolou em chão massivo. Quebrou-se a roda em seu rodar-rolar. Maçarico em aço. Água em aço. Fé no aço. Assim, Aço novo formou. Rodou a roda dali pra fora para na vida rodar. Rodou esquinas e bares até não aguentar. Roda tonta pobre roda com seu aço a enferrujar. Cambaleia tonta roda já que estás a se embriagar. Acorda triste aquela roda que já não consegue lembrar. Noite passada fora a festa, hoje de manhã não há o que celebrar. Lateja roda com grande dor recordando dos lás e cás. Chora roda arrependida por seu destino ser rodar.
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