domingo, 22 de agosto de 2010

A chaga.

Eu sou a loucura. Sou tua chaga ou cura de um mal cotidiano. Eu sou a peste que te levará à morte ou o caminho para sua fuga. Falo com você louco. Falo com você enfermo sonhador. Tens medo ou aproveita-me como uma droga? Tomo seu coração, mente e corpo. Brinco com teus desejos. Destruo suas queridas memórias. Embaralho sua visão. Não tenha medo. O remédio logo vem. Logo logo se sentirá mais feliz. Escuta esses barulhos? Escuta minhas infinitas vozes ecoando ao seu redor? Consegue sentir o frio na espinha de um perigo invisível? Pobre louco. Já tomei-te para mim. Sou seu mundo. Sou sua vida. Tudo se resumirá a mim. Pobre louco. Jamais sairá daqui. Prendi-te em caixa preta. Ficarás vagando perdido até, por fim, virar pó. Teu espírito já dominado tornará-se escravo de seus próprios desejos embaralhados. Eu sou a loucura. Você está na loucura. Você é um louco sem cura. BANG!

Um comentário:

  1. ...então vamos combinar que a gente é louco e, não é pouco.

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