sábado, 5 de novembro de 2011

Tap the world, across the moon



Emily cantava com a mesma doce voz embalada pelo ritmo suave. Eu sozinho buscava por uma companhia. Caminhava por aquela praça vendo silhuetas de gente de todos os tipos fazendo compras em barraquinhas de diversos artigos. Eram tecidos, artesanato, comida e sabe Deus o que mais. O chão era de pedra portuguesa. O ar tinha uma certa nebulosidade que ocultava o adiante. Ao nosso redor prédios difusos e ruas comuns, nada de especial. Vegetação pouca, exceto por algumas arvores, creio que era palmeiras embora não tenha olhado para cima. Enquanto tal cenário me acolhia estranhamente Emily continuava a cantar "Tap the world, across the moon". Foi então quando vi um grupo de silhuetas perto de uma arvore pregando papeis com diversos desejos. "Ajude minha mãe"; "Preciso de um emprego"; "Olhem pelos nossos políticos". Olhei para baixo. Havia uma cesta de retalho com pequenos papeis em branco e um lápis simples preto. Aproximei-me e escrevi "Faça com que alguém apareça".Igualmente preguei na arvore o pedido e me afastei. Continuei a vagar pela praça em busca de algo que não sabia dizer. Meus passos ao lento ritmo da cantoria suave. Foi quando olhei para um retrato e vi aquele rosto.

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